A idéia da bolsa carteira surgiu na Era Vitoriana, quando as damas, digamos assim, mais dignas, carregavam pequenas bolsas decorativas com lenços e sais para cheirar. Pequenos "sacos" que ficavam presos ao pulso. A bolsa carteira era então feita em tecidos nobres e delicados como o cetim ou a seda, enfeitados com pedras preciosas.
Aí veio a Revolução Industrial: e lá estavam as pequenas bolsas, crescendo durante a Belle Époque, um período mágico de cultura cosmopolita européia, que trazia um clima intelectual e artístico. A Era de Ouro da Beleza levaria a bolsa carteira para todos os públicos e por toda a Europa. Elas circulavam para todas: damas da sociedade ou menos privilegiadas... Até as dançarinas dos cabarés tinham as suas.
Até a Primeira Guerra Mundial a bolsa carteira foi facilmente encontrada nas mãos das moças. Mas como em todo momento de horror o belo se retrai, ela se escondeu, foi pro fundo do armário e lá ficou até a guerra acabar.
Somente após a Segunda Guerra Mundial é que a ela se tornou mesmo um dos fundamentos da moda. Por conta do racionamento durante a guerra, tudo tinha de ser reduzido (menos coisas, menos necessidades, menos supérfulos) e, então, porque não reviver a pobrezinha do fundo do guarda-roupa?
Na década de 20, dominava a bolsa carteira, usadas sob o braço. De dia deveriam ser lisas, de couro, para a noite, com bordados e pedrarias.
Em 1930 as mulheres da época usavam as bolsas carteira para irem às festas e carregarem seus cigarros e isqueiros sem amassar. E é claro que todas logo perceberam a facilidade e a sofisticação que este pequeno acessório traz. Apesar de um pouco desconfortável para se carregar - é preciso ter elegância ao segurá-la - a carteira de mão é um charme só. Se antigamente elas eram usadas somente em festas, hoje ela vai da padaria à balada nos mais variados tecidos, formas, cores e detalhes.
